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Em audiência do caso do PM atropelado em blitz, defesa pede liberdade do réu

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Foi realizada nesta segunda-feira a primeira audiência sobre o caso do policial militar que foi atropelado por um motorista durante uma blitz da Operação Balada Segura em Santa Maria.

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Por mais de quatro horas, 12 testemunhas foram ouvidas, além do PM Luis Henrique dos Santos Borba, 34 anos, e o réu, Dilamar Vieira Borges, 27. Duas testemunhas - uma por parte da defesa e outra de acusação- foram dispensadas. 

- A grande maioria das testemunhas foram congruentes em dizer que ele (o acusado) estava alcoolizado e que teria tido a oportunidade de ter desviado da vítima, mas não o fez. Eu creio que houve dolo, que ele assumiu o risco quando ingeriu bebida alcoólica. Eu espero que a justiça seja feita e que nós possamos ir a júri popular - relata o advogado que representa o PM, Thiago Carrão.

Borges está preso na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm) desde o dia 25 de agosto de 2019. Na audiência, o advogado do réu, Wedner Lima, pediu a concessão da liberdade provisória, que será analisada pelo juiz: 

- A audiência foi importante, principalmente, para esclarecer que a forma do acontecimento envolveu negligência recíproca, e em nenhuma hipótese, restou caracterizado a intenção do réu em tirar a vida da vítima. O réu apresentou sua versão dos fatos, que vai ao encontro das demais testemunhas ouvidas, de forma que, entendemos pela possibilidade de concessão da liberdade, em caso de pronuncia ao júri, impronuncia ou desclassificação para lesões corporais - completa o advogado do réu. 

Agora, as partes tem o prazo de 10 dias para juntar as alegações finais. Só depois será proferida a sentença pelo juiz, que pode ou não definir se o acusado irá a júri popular.

O PM ficou cerca de um mês internado e passou por duas cirurgias. Ele sofreu uma fratura complexa no pé direito, na altura do tornozelo, que, possivelmente, deixará sequelas.  

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O CASO  
Dilamar Vieira Borges, 26 anos, atropelou o policial militar depois de ter furado uma blitz da Operação Balada Segura, na Rua Tamanday, por volta das 22h30min do dia 25 de agosto de 2019. Durante a tentativa de fuga, o motorista também colidiu com outro carro. Segundo a polícia, o jovem, que dirigia um Corsa, não obedeceu quando um dos agentes da Coordenadoria de Trânsito e Mobilidade Urbana (CTMU) pediu que ele parasse.

Ao seguir com o veículo, ele atropelou um policial, que ficou preso sobre o capô do carro por cerca de 200 metros até que o Corsa parou depois de bater em outro carro. Com a colisão, o policial militar caiu embaixo do carro.   

Conforme a polícia, o jovem apresentava sinais de embriaguez, e no carro dele foram encontradas garrafas de bebidas. No veículo, havia também um caroneiro que não se feriu.

O motorista foi denunciado pelo Ministério Público por cinco crimes: tentativa de homicídio duplamente qualificada (por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e por ser contra policial, o que torna o crime hediondo), embriaguez ao volante, resistência à prisão e dois crimes de desobediência (por não ter parado na blitz e, depois, durante o atropelamento, porque não seguiu a ordem do PM).

Imagens de câmeras de segurança, cedidas ao Diário pela polícia, mostram um Corsa arrastando o policial sobre o capô. O vídeo mostra que o PM ficou preso entre os dois carros, e policiais e populares empurraram o Corsa para ajudar a vítima. 

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